domingo, 7 de agosto de 2016

Nick Vujicic

Imagine seu dia a dia agitado, sem mãos ou pernas.
Imagine sua vida sem a capacidade de caminhar, de cuidar de suas necessidades básicas, ou até mesmo abraçar aqueles que você ama... Somente imagine... Se fosse você?
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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Beto Chaves – Da pipa ao Coaching. Um empreendedor que sonha e realiza.



"O Palestrante Motivacional e Master Coach, Beto Chaves, esteve em Sobral no mês de maio a convite da D2 Eventos Corporativos, onde participou do I Fórum de Gestão, Liderança e Coaching do Ceará".
Na oportunidade, concedeu entrevista à Revista Você Melhor abordando aspectos da sua carreira profissional e pessoal, além de temas como empreendedorismo, inovação empresarial, diferencial de mercado e a importância do Coaching em sua vida profissional. Apesar de desde cedo estar sempre envolvido com negócios, Beto Chaves revela que existem valores inegociáveis, como Deus e a sua família. Ele ressalta, ainda, que o seu legado para futuro são as mensagens de otimismo que leva a milhares de pessoas e que elas não duvidem dos próprios sonhos, pois sempre é possível realizá-los. Confira a entrevista.
VM – Quem é Beto Chaves?
BC – “Sou um sonhador, mas um realizador, porque trabalho com o sonho, mas sempre correndo atrás para realizá-lo, pois um sonho deitado dentro de uma rede é apenas um sonho que nunca vai se realizar”.

VM – Qual a sua origem?
BC – “Eu nasci em 20 de março de 1977, em João Pessoa, na Paraíba. Meus pais são nordestinos de cidades do interior, de origem humilde e, através dos estudos, meus pais conseguiram vencer na vida. Desde cedo, eu sempre escutei dos meus pais que os estudos é que fazem a diferença na vida de uma pessoa. Por isso, sempre me dediquei, sempre estudei, mas também queria empreender. Meus pais não eram empreendedores, meu pai é economista formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e é funcionário público e a minha mãe é psicóloga e atuou como professora. Mas o meu sonho, desde criança, era ser empreendedor e nessa época já colocava em prática.

VM – E quando começou a marca do empreendedor Beto Chaves?
BC – “Quando criança, por volta dos meus oito anos, não se falava em empreendedorismo, mas eu já tinha vontade de ter o meu próprio negócio, mesmo sem ver isso na minha família. Então, com oito anos, eu tinha certa habilidade para fazer pipa e comecei por aí. Eu fazia pipas e vendia para os meus amigos e para os amigos dos meus amigos, mesmo sem necessidade do dinheiro, mais por diversão e por negociar. Foi aí que acabei descobrindo que gostava de estar junto de pessoas e fazer negociações, aumentando a vontade de ter o meu próprio negócio.

VM – Em suas palestras, você fala sobre desafios e adversidades a serem superados. O que você aprendeu com as adversidades que enfrentou na vida?
BC – “As adversidades é o maior aprendizado que um ser humano pode ter, principalmente o empreendedor, pois é muito difícil de empreender no Brasil, é difícil ter um negócio no País. Eu já cheguei a quebrar uma empresa que tinha de tecnologia que trabalhava desenvolvendo sites, era uma das principais do Nordeste – a DC10. Então, saí de uma empresa com 20 funcionários para começar sozinho, tudo do zero, sendo este o maior aprendizado. Aprendi a valorizar mais os meus clientes e dar-lhes mais atenção. E nas minhas palestras e capacitações para os empresários, eu uso esse aprendizado e digo que existe empresa sem sede, sem colaborador, sem computador, mas não existe empresa sem cliente. Em qualquer circunstância, o cliente tem que ser mimado e paparicado.

VM – Você fala de empreendedorismo, cliente, valores negociáveis. E quais são os seus valores inegociáveis?
BC – “Deus e a família são valores inegociáveis. Eu sou casado há 20 anos, com a mesma mulher, casei bem novo. A minha esposa chama-se Juliana Maria e tenho duas filhas Maria Isabel e Maria Teresa. Embora esteja sempre viajando, estou sempre presente na vida delas. E vou conciliando de forma equilibrada a minha vida profissional com a pessoal e eu aprendi isso com o Coaching. Sempre tive uma ligação muito forte com a minha esposa e filhas, mas com o Coaching eu aprendi a me dedicar 100% quando estiver presente com elas. Antes eu estava com elas, mas era fazendo algum trabalho em casa, ligado ao celular, com tempo disperso. Hoje não, os poucos dias que estou em casa eu estou 100% presente com elas, então não é a quantidade, e sim, a qualidade de tempo.

VM – E como o Coaching surgiu na sua vida?
BC – “Eu já tinha uma carreira como palestrante, como mais de 300 palestras no Brasil para grandes empresas. Porém, desde que iniciei a minha carreira de palestrante eu sempre busquei me aperfeiçoar, nunca fiquei na minha zona de conforto. Então fiz Coaching para melhorar a minha carreira e potencializar as minhas palestras, mas me apaixonei pelo Coaching. A partir daí, passei a estudar profundamente o Coaching e fui fazendo mais e mais cursos e foi quando decidi fazer treinamentos focados em Coaching. Então o primeiro treinamento foi o Líder Coaching e depois criei o Instituto Beto Chaves Coaching (BCC) para treinamentos específicos. Hoje, a minha agenda é 90% para treinamento focado em Coaching e 10% para palestras, pois a minha agenda é bem intensa e temos algumas vagas apenas em novembro”.

VM – No empreendedorismo existe definições diferenciadas para sucesso e prosperidade?
BC – “O sucesso é algo que lhe deixa bem consigo mesmo, já a prosperidade é tudo aquilo que você conseguiu alcançar com o seu sucesso. Existem pessoas que conseguem alcançar o sucesso mas não alcança a prosperidade financeira, ou seja, a pessoa tem a alegria, tem a felicidade do sucesso, mas não está conseguindo ter o resultado. O ideal é que os dois caminhem juntos.

VM – Qual a mensagem que você deixa para os leitores da Revista Você Melhor?
BC – “É uma frase minha que uso muito: “onde há sonhos, há esperança”. Então dizer para as pessoas de que nunca deixem de acreditar em seus sonhos, mesmo que outras pessoas duvidem do seu sonho, você não pode duvidar do seu sonho, tem que acreditar e nunca desistir. Não é fácil realizar sonhos, não conheço nenhum grande vencedor que conquistou as coisas de forma fácil. Então, é preciso muita luta, muita determinação, muita persistência para chegar a atingir os seus objetivos.

VM – Qual o legado que você quer deixar para as suas filhas e para a humanidade?
BC – “Na verdade, eu penso esta pergunta de outra forma, pois não quero partir tão cedo (risos). Qual o legado que eu quero construir? O que eu estou construindo para deixar para os meus netos, os meus bisnetos e para o mundo? Então, hoje eu tenho alguns livros que disponibilizo gratuitamente e meu legado é levar mensagens de otimismo às pessoas e saber que várias delas começaram a empreender e muitas não desistiram dos seus sonhos depois que assistiram a uma das minhas palestras. Já recebi um depoimento de agradecimento de uma pessoa que não terminou o seu relacionamento por conta disso. Ele estava separado da esposa há um mês e, depois que ouviu a minha história, se reconciliou reorganizou a vida e hoje tem duas filhas e vive muito feliz, então este é o meu legado.

Professora Ana Regina Noto



"Doutorado em Ciências da Saúde. Professora do Departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. Coordenadora do NEPSIS (Núcleo de Pesquisa em Saúde e Uso de Substâncias)".
VM – O que leva os jovens e adolescentes a usar drogas?
ARN – A relação é complexa uma vez que existem diferentes drogas, padrões, vulnerabilidades e contextos de uso. Os primeiros episódios de uso podem ocorrem por curiosidade na medida em que situações de oportunidades acontecem no dia a dia do adolescente. O consumo de bebidas alcoólicas, por exemplo, é muito mais acessível e tende a ocorrer com maior probabilidade. Porém, o uso pode avançar e se tornar problemáticos a partir de um conjunto de vulnerabilidades biológicas, psicológicas e sociais. Ou seja, questões básicas como as condições e desenvolvimento do adolescente, traços de personalidade, relações familiares, carga genética, aspectos sociodemográficos, contexto social e cultural, desempenho acadêmico, planejamento de vida, religiosidade, crenças, valores, entre inúmeros outros fatores que atuam em interação. Assim, o uso problemático pode ser interpretado muito além de um problema em si, mas especialmente como um indicador de aspectos da vida do adolescente que merecem atenção e cuidado.

VM – Qual a diferença entre Uso, Abuso e Dependência de drogas?
ARN – É muito importante diferenciar esses padrões, pois cada um requer olhar diferenciado sobre a forma de lidar com a questão. O uso é referente ao comportamento de consumo da droga em si, que pode ou não vir acompanhado de consequências.

O abuso já é um padrão de uso caracterizado pela presença de problemas sociais ou de saúde. A dependência é um estado decorrente do uso crônico, a partir do qual o usuário vai perdendo a autonomia e habilidade de tomar decisões conscientes sobre usar ou não determinada droga.
Passa a usar a substância por impulso, com reduzida capacidade de reflexão e controle. Esse impulso é descrito pelos usuários como “incontrolável”. A dependência é a situação que requer tratamento especializado.

VM – Quais as substâncias mais consumidas entre os jovens e quais fatores favorecem seu uso?
ARN – As bebidas alcoólicas são as substâncias mais usadas entre os adolescentes e jovens. Não são apenas as mais consumidas, mas acompanham uma série de riscos como acidentes, comportamento sexual sem proteção, violência, entre outros. O tabaco é a segunda substância mais consumida, seguida por inalantes, maconha e vários medicamentos psicotrópicos. As porcentagens de uso variam muito de acordo com a faixa etária. Entre adolescentes do ensino médio, por exemplo, cerca de 30% relata ter se embriagado no mês anterior.

VM – Há medicamentos psicotrópicos que também são reconhecidos e utilizados como drogas. Quais são as classes mais consumidas e qual a finalidade de seu uso entre os jovens?
ARN – Muitos estudantes, especialmente as meninas, referem ter consumido benzodiazepínicos sem prescrição médica. São medicamentos usados para redução da ansiedade ou para induzir o sono. Outra classe citada é a das anfetaminas, usadas para emagrecimento ou para manter o alerta, por exemplo, para manter a vigília, seja para uma noite de estudo ou para balada. Esses medicamentos são raramente reconhecidos e, portanto, geralmente negligenciados em programas preventivos.

VM – Há diferenças entre o consumo de drogas entre os jovens de níveis socioeconômicos e culturais distintos?
ARN – Os levantamentos epidemiológicos mostram poucas diferenças entre, por exemplo, estudantes de escolas públicas e particulares.
Porém, existem diferenças em alguns subgrupos. Jovens em festas eletrônicas, geralmente usam drogas sintéticas com finalidade de diversão pontual.
A população de rua, em contrapartida, tende a apresentar um padrão mais crônico de uso de outras drogas e, para esse subgrupo, o consumo de drogas é um sintoma que denuncia sérias questões de direitos humanos e desigualdades sociais. Ainda existem pessoas que fazem uso de substâncias em contexto ritual religioso, norteado por um conjunto de valores e regras de uso.  Cada contexto de uso tem suas peculiaridades e deve ser interpretado dentro dessas especificidades.

VM – Atualmente discute-se a respeito da Política de Redução de Danos. O que seria esta política e qual o seu impacto para os jovens usuários de drogas?
ARN – A Política de Redução de Danos é uma abordagem que contrapõe a fracassada Política de Proibicionismo centrado na Droga. A redução de danos é centrada no cuidado com o indivíduo, buscando minimizar os danos sociais e à saúde associados ao uso de substâncias. Parte do princípio de que o uso de drogas é milenar e que não existe na história da humanidade qualquer sociedade “livre” de drogas.

Trata-se de uma abordagem mais contextualizada, na medida em que respeita direitos humanos e considera a diversidade.
Um exemplo de Redução de Danos do álcool entre jovens são ações em baladas que facilitam acesso a transporte no sentido de evitar que uma pessoa embriaga dirija, ou seja, tem o foco na redução dos acidentes assumindo que o consumo de álcool ocorre e é aceito pela sociedade.
VM – No Brasil, quais as opções de tratamento para os usuários de drogas?
ARN – Existem inúmeras opções de tratamento no Brasil, mas o acesso não é igualmente distribuído no país. As maiores cidades contam com CAPS-AD (Centros de Atenção Psicossocial especializado em álcool e outras drogas) que são serviços públicos ambulatoriais com equipe multidisciplinar para atender demandas de cuidados médicos, psicológicos e sociais. Para casos mais graves, o sistema público disponibiliza internação. Vale lembrar que a internação é considerada exceção, pois o ideal é que o paciente aprenda lidar com situações de risco do dia a dia, sendo esperado que atravesse esse período de aprendizado com episódios de recaídas. Ainda vale o destaque para a ampla disponibilidade de grupos de ajuda mútua, como os Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos. Os resultados desses grupos são similares aos de tratamentos muito sofisticados, com a vantagem de estarem presentes em cidades pequenas e distantes dos grandes centros. Dentro dessa grande gama de opções, o mais importante é saber que tratamentos caros e sofisticados não apresentam efetividade maior do que os ofertados pelo sistema público. A diferença está em contextualizar o tratamento às demandas da pessoa, tendo em mente três eixos: médico, psicológico e social.